Quando devo procurar ajuda? A pior coisa que pode fazer para sua dor nas costas, é demorar para tratá-la.
Bom, se está aqui lendo isso, com certeza já está precisando de ajuda né?! Mas se ainda tem alguma dúvida, vai aí algumas dicas de quando é ou não preciso ir atrás de ajuda profissional.
Geralmente as dores começam de forma lenta e progressiva, mas o mais importante é tentar determinar quando elas começaram. Se suas dores nas costas já começaram a mais de uma semana e mesmo depois daquele remedinho ou pomada ela ainda persiste, vá atrás de ajuda.
Pequenos incômodos geralmente estão ligados ao dia-a-dia, posturas inadequadas ou excesso de carga contribuem para esse problema, sendo assim mude sua rotina e veja se há um alívio nos sintomas.
Se remédios não funcionam
Já quando suas dores nas costas estão te atrapalhando, e mesmo com medicação um pouco mais forte ela ainda persiste, então vá logo a um profissional. Este tipo de problema tende a piorar com o passar do tempo, pois geralmente vamos tratando com medicação e isso não é o suficiente.
Agora se está com muita dor, já passou da hora de tratar e levar muito a sério o problema. A maioria dos casos que atendo, já estão na fase crônica, e a história quase sempre se repete, é uma dorzinha, que virou dorzona e “travou”a coluna. E quando chega a essa fase, não tem jeito, o tratamento demora mais, e as dores nas costas só vão embora depois de um tratamento intensivo.
Portanto toda dor precisa de atenção, mas se ela persistir, procure logo um profissional qualificado. Não esqueça, as dores só fazem mal a você mesmo.
Sentar corretamente: Realmente Existe Posição Ideal de Sentar na Cadeira?
Sem tratar os problemas e sentar corretamente, você pode estar na melhor cadeira do mundo que suas dores vão continuar.
Provavelmente você já deve ter ouvido ou lido (muito) sobre como se deve sentar corretamente na cadeira né!?
Isso não é novidade para ninguém, mas porque então não conseguimos ficar da maneira que todos dizem ser o correto?
A melhor resposta que encontrei para essa pergunta é: Nosso corpo não foi feito para ficar parado!
Vamos à explicação
Ficar muito tempo sentado quase sem se mover, gera alterações na circulação sanguínea no nível abdominal. Isso pode comprometer todas as funções orgânicas do nosso corpo.
Isso significa também, que seus músculos, pelo efeito da gravidade e por estarem quase que estáticos, ficam mais tensos e enfraquecidos naquele momento, portanto isso acaba sobrecarregando as articulações da coluna.
Como funciona?
Ao ficar parado, a circulação sanguínea já fica muito mais lenta devido a falta de movimentação. Isso acontece porque os músculos servem como auxiliar do coração, funcionando como uma bomba na melhora da circulação.
Assim leva a um aumento na pressão dentro do abdômen do qual começa a incomodar o corpo, e na tentativa de melhorar a situação, acaba exigindo contrações dos músculos das costas para compensar. E isso favorece a instalação das dores.
Outro motivo é que, na inatividade da musculatura por longos períodos, faz também com que menos oxigênio seja levado pela circulação a esses músculos, de forma com que os mesmos, percam muito da eficiência de trabalho. Portando gera mais esforço, que leva as dores.
E a posição ideal?
Muitos estudos comprovam e mostram a posição elegida como ideal para sentar.
Porem, em minha pratica clínica do dia-a-dia, mostra que não adianta apenas falar que o paciente precisa sentar reto, com ângulos corretos de pernas e braços, apoios para os pés e tudo mais.
Sem tratar os problemas, você pode estar na melhor cadeira do mundo que suas dores vão continuar.
Acredito que para eleger a posição ideal de ficar sentado como é mostrado em pesquisas, é preciso uma combinação de fatores, como estar sem dores, fisicamente preparado, e muito policiamento para se manter nessa posição “correta”.
Como a grande maioria das pessoas não se encaixam nessa tríade “perfeita”, a melhor maneira, é achar a posição ideal para cada um. Mas é preciso respeitar seu corpo e quando ele reclamar, você deve se mexer, ou seja, levanta e anda.
É lógico que o melhor é nos cuidarmos, mas quem consegue ficar sentado perfeitamente em uma cadeira?
Só que se você estiver muito “torto” na cadeira, já está na hora de procurar um tratamento.
Vou repetir o que sempre digo a todos os meus pacientes. Antes de arrumar desculpas da cadeira, procure ver se você não está deixando de se cuidar ou demorando para começar.
Um corpo mais saudável, requer menos visita aos profissionais da saúde. Assim você evita passar por aborrecimentos pelo tempo de demora em conseguir uma consulta.
Colchão causa dor nas costas? É nele que passamos 1/3 de nossas vidas. Colchão x Dores nas Costas, será ele um vilão?
Vou falar sobre uma das perguntas mais frequentes que recebo em meu consultório, “Acho que o problema é o meu colchão, devo troca-lo? Qual é o melhor?”
Bom, a história sobre trocar ou não trocar, qual é ou não o melhor. Depende muito de cada paciente e seu estilo de vida, alimentação e claro o mais importante, descobrir de onde vêm as dores nas costas.
Já adianto aqui, que o melhor colchão para você, é aquele no qual realmente sinta-se confortável. Porém podemos colocar um asterisco aí. Em uma pesquisa que li muitos anos atrás, cerca de 80% dos americanos se adaptavam melhor aos colchões de mola.
Isso mostra que para grande maioria daquela população, este tipo de cama é o que menos causa algum tipo de desconforto na hora de dormir.
Mas como saber qual é o melhor tipo de cama para cada um de nós?
Essa é uma escolha difícil, já que colchões não são fáceis de devolver para a loja se você não gostou (nunca ouvi um caso de que alguém tenha conseguido). Contudo tenho umas dicas que podem ajudar;
Primeiro: quando estiver na loja, não fique envergonhado, deite no colchão e fique lá por um tempo, 5 ou 10 min.
Isso realmente ainda não é o suficiente para saber se a cama será boa ou não, mas já é um passo. Lembre-se, o vendedor está louco para vender e não se importa se você demorar ou não.
Segundo: durma em outros colchões (se possível). Para ter uma noção se aquele tipo que procura é confortável e bom para você ou não. Como fazer isso?
Demore a comprar, aproveite que está em uma viagem na casa de um parente ou hotel e veja como passa a noite. Se você sentiu-se bem, procure ver que tipo e marca é aquele produto tão desejado para uma noite boa de sono.
Terceiro: trocar o colchão na maioria das vezes, não vai resolver seu problema de dores nas costas. Desconfie dos vendedores de curas com colchão.
E é aqui que respondo a pergunta feita no início deste tópico
Na grande maioria dos casos, o colchão não é o principal causador das suas dores nas costas ou pescoço ou qualquer outro lugar no corpo. Mas sim uma cama velha ou que não seja confortável, acaba sendo o fator que contribui na piora do seu problema.
É lógico que na grande minoria das vezes, somente trocar o colchão resolve. Como saber se é isso? É fácil, durma em uma cama diferente por 3 dias. Se melhorar, já sabe, é só comprar um novo.
Contudo, na maioria dos casos já há um problema de coluna a ser tratado. A troca por uma cama nova dificilmente acaba sendo necessária se fizer um tratamento adequado.
Se procurar ajuda logo no inicio do problema, em poucas consultas estará muito melhor. Caso já esteja um bom tempo com as dores, muito provavelmente terá de fazer um tratamento um pouco maior.
Então, antes de gastar um bom dinheiro em um colchão novo, faça uma consulta. Isso pode ser decisivo na hora de precisar ou não, comprar a sua cama nova.
E antes que me esqueça, o que digo a todos meus pacientes, não existe mágica e nem milagres. Todo tratamento tem seu tempo.
Veja mais aqui
Estar acima do peso causa dor nas costas? Na verdade o peso é determinante para facilitar ou aumentar um problema e não a causa principal das dores.
Você está acima do peso e sente dores nas costas? Acha que por estar pesando mais do que deveria isso está lhe causando problemas na coluna? Os médicos dizem que é necessário somente perder peso para as dores sumirem?
Bom, hoje vou falar de um assunto muito comum em meu consultório com base em todos esses anos de atendimento em mais uma pergunta/afirmação que recebo com muita frequência.
“Dr., minhas dores aconteceram porque estou acima do peso”?
Sabe o que é mais comum ainda? A maioria das pessoas que fazem essa pergunta tem “apenas” sobrepeso, ou seja, estão pouco acima do peso.
Mas o que tenho a dizer é que, estar acima do peso não é motivo o suficiente para ter dores nas costas.
Vamos aos motivos
Acredita-se muito que as pessoas que tenham sobrepeso ou algum tipo de obesidade (calcule aqui o seu IMC para saber se está no seu peso ideal) de que isso é a causa primária das dores, porem ao analisarmos bem, essa pode não ser a causa principal.
Se o sobrepeso ou obesidade fossem realmente determinantes primários das dores, os tratamentos realizados em meus atendimentos, não teriam efeito. Porém o que geralmente acontece é o oposto. O paciente mesmo mantendo o peso de quando veio para primeira consulta, consegue resultados extraordinários.
Isso acontece, pois um dos fatores primordiais que levam as pessoas a terem dores nas costas (com ou sem sobrepeso) é a compressão da raiz nervosa na coluna, e quando uma pessoa está com mais quilos do que deveria, isso não significa que ela esta condenada a ter dores, pois as pessoas não engordam 10 ou 20kg de um dia para o outro, mas sim ao longo de meses, e naturalmente o corpo acompanha esse desenvolvimento e acaba se adaptando a essa nova condição.
É claro que ao dizer isso não significa que a pessoa não precisa fazer mais nada para melhorar. O que digo é o oposto disso.
Uma vez que temos um problema de dores nas costas, seja por qualquer razão, estar acima do peso é determinante para que o problemas piorem em relação às outras pessoas, ou seja, estar acima do peso é determinante para que o problema seja pior em relação a uma pessoa que não tem problemas com o próprio peso.
Mas por que isso acontece?
Imagine que você está carregando um saco de arroz por algumas quadras e com isso você quase não se cansa. Agora imagine você carregando cinco sacos de arroz por essas mesmas quadras. Já cansou só de pensar né!? Isso acontece com nossa coluna também, quanto mais peso carregamos no nosso corpo sem fortalecer os músculos, mais rápida é a fadiga devido também a uma maior força da gravidade empurrando para baixo.
Portanto o fator sobrepeso é determinante para facilitar ou aumentar um problema e não a causa principal das dores
Porém, para o tratamento funcionar bem, não adianta apenas fazer a fisioterapia especializada, o paciente tem de fazer sua parte também e no mínimo começar a se exercitar após o alivio das dores, afim de fortalecer a musculatura e dar suporte as articulações e diminuir a carga sobre as mesmas.
Mesmo que você tenha uma situação mais séria como hérnia discal, os tratamentos promovidos funcionam muito bem, mas talvez leve um pouco mais de tempo para sentir essa melhora.
Volto a frisar, sem ajuda do próprio paciente em se comprometer com os cuidados da sua saúde, nem o melhor tratamento do mundo vai poder ajuda-lo.
Mande sua dúvida, ou lembre a um amigo que está precisando se cuidar mais.
Aqui você pode ver mais sobre exercícios.
Bolsa causa Dores nas Costas?
Você sabe se sua bolsa está trazendo dores nas costas? A resposta é sim e não.
É fácil de explicar, recebo em meu consultório todo tipo de paciente, e o mais curioso é quando chegamos ao final da consulta e depois de tudo explicado o paciente (geralmente as mulheres), levanta sua bolsa e diz:
“E tem essa bolsa pesada aqui também né, Dr.”.
Fomos treinados desde a faculdade a dizer que a bolsa mesmo que não sendo tão pesada pode trazer problemas de coluna e dores pelo corpo, e que o ideal é carregarmos no máximo 10% do total do nosso peso.
Mas em todos esses anos de atendimento, percebi que geralmente, o uso de bolsas pesadas ou mochilas (não serve para crianças esse artigo), não são as causas dos problemas de dores nas costas ou qualquer outro problema, e sim, as bolsas podem ser um agravante de um problema já existente e devemos analisar e muito, o comportamento de cada pessoa.
Vamos ao sim e ao não da pergunta do inicio.
O SIM: o maior problema do uso deste material tão cobiçado das mulheres, junto ao salto alto que também causa dor nas costas, calças, vestidos, etc… (não resisti a brincadeira) é devido ao uso constante da bolsa, ou seja, você só vai ter problemas de dores nas costas, pescoço e ombros, se realmente você tiver uma bolsa pesada e ficar andando com ela pendurada o dia todo.
Ficar passeando no calçadão de compras, no shopping, é lógico que assim você terá dores. É quase a mesma coisa que sair carregando uma mala nos braços, uma hora o corpo cansa e acaba se machucando.
O NÃO: agora se você usa a bolsa (mochila ou pasta) por breves períodos, é muito pouco provável que isso vá te causar algum problema.
Vamos a um exemplo de uma paciente recente: Ela é advogada e ao final do atendimento mencionou que carregava muitas coisas como a própria bolsa, pasta com documentos e que isso era um fator causador das suas dores.
Então perguntei a ela quanto tempo ela passava do dia carregando tudo aquilo, e para surpresa, não passava mais do que cinco minutos. Isso porque ela só carregava tudo àquilo no trajeto de sua sala em casa até o carro e depois do carro até seu escritório, que ficava a menos de 1 minuto de caminhada, e ao final do dia fazia o caminho inverso.
Portanto, pense bem o que carrega na sua bolsa, principalmente quando souber quanto tempo vai ficar carregando ela por ai nos ombros.
Não se preocupe com uma caminhada curta, porém isso não quer dizer que pode abusar, o uso repetitivo todos os dias, pode também causar todas aquelas dores de coluna, ombros e pescoço.
Agora, e o tratamento?
Bom esse é um assunto para cada um, pois, apesar dos mesmos sintomas, cada paciente reage de uma maneira diferente a recuperação.
Se quiser ver mais assuntos pode mandar sua sugestão.
Outras dicas boas vocês também encontram aqui.
Uso de salto alto e as dores nas costas estão relacionados?
Salto causa dores nas costas e vem principalmente pelo seu uso contínuo.
Essa é a dor de cabeça de muitos homens quando acompanham suas esposas ou namoradas às compras no shopping.
Sempre atrás do sapato perfeito para elas, o que também pode virar as dores nas costas de muitas mulheres, que inúmeras vezes “sacrificam” a saúde do seu corpo por uma beleza estética diária.
Não quero causar aqui uma revolução contra o uso desse calçado que deixa as mulheres mais lindas. Porém o uso excessivo do salto tem cada vez mais causado problemas físicos. Estes, são difíceis de serem tratados quando não há uma compreensão total do problema.
Principais causas
Umas das principais causas das dores provocadas pelo salto alto é seu uso contínuo. Sim, o uso diário e por longas horas causam excesso de contração muscular para manter-se equilibradas em cima daquele pequeno pedaço madeira estreito e fino e quanto mais alto for, maior é o nível de contração da musculatura.
Outro fator que contribuiu para das dores nas costas, é a mudança do centro de gravidade do quadril que dá equilíbrio ao nosso corpo. Quando se eleva o calcanhar, naturalmente a tendência do corpo é ir para frente e quando se faz isso, o corpo tenta compensar, forçando o tronco para trás.
Isso aumenta a curvatura da lombar, formando a tão conhecida HIPERLORDOSE (sim, esse é o nome correto para o problema – lordose é quando a curvatura da coluna está normal), causando dores na lombar ou a lombalgia.
Outros problemas
Outro problema encontrado no uso excessivo do salto é o encurtamento da musculatura da panturrilha (ou batata da perna). Isso também causa dores nas costas, por a musculatura estar extremamente rígida, forçando a lombar consequentemente.
Outro sintoma é ao descer do salto, a mulher não consegue ficar descalça, isso causa muitas dores nas pernas e costas ao mesmo tempo. Esse encurtamento provoca reações mecânicas por todo o corpo, estando em extremo alongamento constante e forçando as articulações do joelho, quadril e coluna.
Há outros fatores que o uso continuo do salto pode causar, porém não é o tema do artigo.
O mais importante a saber, é que existe tratamento.
Os fatores listados acima geralmente acometem mulheres que usam muito salto alto e praticamente todos os dias. Mulheres que usam apenas em ocasiões esporádicas, dificilmente terão problemas assim.
Como resolver? Tem tratamento?
O ideal no mínimo é ter um trabalho de compensação, que seriam alongamentos diários das pernas e panturrilhas. Caminhadas com calçados mais confortáveis como o tênis também ajudam.
Porém isso só ajuda quem não tem muitos problemas ainda. Se seu caso for mais extremo, não tem jeito, tem que procurar tratamento fisioterápico o mais rápido possível. A partir do momento que já estiver bem melhor, o trabalho preventivo em casa ajuda e muito.
E lembre-se, não existe milagre e muito menos melhora, caso não haja compreensão total e ajuda do próprio paciente. Afinal, quem tem dores é o principal interessado em acabar com ela.
Estresse e dor nas costas: O peso das Emoções e as Dores nas Costas
A nossa coluna é o eixo mais importante do corpo sobre o qual, por vezes, acrescentamos um peso “extra” com nossas emoções negativas.
Muitas vezes, passar longos períodos de tempo com estresse, com medos reprimidos ou com essa ansiedade que não podemos controlar de modo adequado devido ao trabalho ou a assuntos pessoais resulta em doenças como, por exemplo, o cólon irritável ou problemas de coluna.
Mas como pode isso acontecer, e como algo que é gerado essencialmente no cérebro pode ter impacto nesse eixo quase perfeito que forma a nossa coluna vertebral?
Como acontece
O conceito de coluna se refere a esse suporte vertical que permite aguentar um peso, enquanto que a palavra vertebral engloba todo esse complexo conjunto de ossos curtos e articulados entre si, que formam a espinha de todos os seres vivos vertebrados.
As nossas costas são, na realidade o eixo mais importante do corpo, um pilar ósseo e muscular que nos proporciona vida e resistência, e sobre o qual, por vezes, acrescentamos um peso “extra” com nossas emoções negativas.
As emoções negativas produzem alterações metabólicas. E isso é algo que devemos ter muito claro: a alteração de nossos hormônios e neurotransmissores provoca o aumento do cortisol no sangre, do ritmo cardíaco. E tudo isso produz alterações em vários órgãos.
Quando acontece um “aceleramento” geral, tudo isso se traduz em tensão muscular, em músculos rígidos que alteram o equilíbrio dos nervos e dos ligamentos.
A coluna vertebral não fica isenta de todas estas variações e, por isso, é frequente que a dor emocional seja traduzida também em dor cervical ou lombar.
Em meus atendimentos, é muito comum e recorrente que dores antigas e já tratadas voltem, mesmo quando o paciente está se cuidando. Geralmente algum tipo de estresse emocional está interligado e quando isso é resolvido, as dores também desaparecem. Porém não é fácil identificar quando as dores são ou não de âmbito emocional, geralmente é no meio do tratamento que conseguimos identificar o problema inicial das dores nas costas.
Mais sobre saúde aqui também.
Dor nas costas e DTM: Relação Postura Corporal e da Postura Mandibular
Quando algum componente corporal é alterado em relação ao padrão, o corpo humano se modifica para desempenhar da melhor forma possível.
A postura corporal é fundamental para diversas tarefas do dia a dia, sendo que estudos descrevem que o alinhamento da postura corporal é estabelecido por estruturas musculoesqueléticas, que se interagem de acordo com suas solicitações.
Os músculos formam verdadeiras “rédeas” musculares, nunca atuando isoladamente, mas sempre em grupo, promovendo os movimentos e as funções corporais. Sendo assim, uma má postura gera diversos prejuízos à saúde, muitas vezes irreversíveis, podendo causar desequilíbrios e quedas, dores em diversas partes do corpo, problemas alimentares, respiratórios e demais perturbações.
Quando algum componente corporal é alterado em relação ao padrão considerado normal, o corpo humano, devido ao seu desempenho adaptativo, se modifica para desempenhar tal situação da melhor forma possível, o que por sua vez, causa as mudanças posturais (e dores).
Principais Fatores
São diversos os fatores que podem causar alterações nos componentes corporais, gerando alterações posturais e de equilíbrio, como, a obesidade, longos períodos de tempo em posições incorretas, má formação de algum segmento corporal ou mesmo alterações relacionadas a oclusão dentária, principalmente aquelas ligadas as alterações funcionais como a respiração, mastigação, deglutição, fala e sucção.
A oclusão dentária é definida como a relação do encaixe da arcada dental superior com a inferior e que qualquer transtorno nesse sistema, seja por má colusão ou disfunção temporomandibular (DTM), pode repercutir sobre o corpo humano, possibilitando diversas alterações mecânicas.
A mandíbula, sendo a parte móvel do sistema craniofacial, assume função fundamental, para seu equilíbrio postural, pois qualquer alteração espacial, seja para frente para trás ou para os lados, irá provocar uma reação adaptativa das outras estruturas para manter o equilíbrio, porém causando disfunções que levarão ao quadro de dor e desconforto rapidamente.
A má-oclusão dentária aliada a respiração bucal, com suas varias repercussões orgânicas, desequilibra a organização muscular da mímica facial, da cervical e da cintura escapular (conjunto de músculos na região dos ombros) e compromete a posição ortostática da cabeça. A posição anormal da cabeça altera as relações biomecânicas craniocervicais e craniomandibulares. O que acaba influindo no crescimento e na postura corporal da pessoa, sendo importante a interceptação dos desvios funcionais nos seus estágios iniciais.
Outras situações
Outra situação, é em relação às limitações de movimento. Geradas pela dor na região temporal e/ou cervical em pessoas com DTM, sendo interveniente no equilíbrio corporal, assim como, há evidências de que com uma boa oclusão existe uma melhoria na capacidade de corrigir a posição do centro de gravidade em situações de equilíbrio corporal.
Tratamento precoce
O tratamento precoce da má-oclusão dentaria, com aparelhos ortopédicos funcionais, faz-se necessário cada vez mais. Previne e intercepta alterações morfofuncionais que se manifestam no sistema estomatognátco e órgãos relacionados, irradiando-se em cadeia e prejudicando o desempenho do corpo como um todo.
O intimo relacionamento da oclusão dentaria, da ATM (articulação temporomandibular) e das funções da boca com a postura da cabeça e do corpo, estabelece um novo paradigma para os tratamentos das más-oclusões.
Devido a sua complexidade e abrangência, em muitos casos, o tratamento da atm necessita da interdisciplinaridade com a atuação de fisioterapeutas, dentistas, médicos, e fonoaudiólogos. Isto para que todas as necessidades do caso sejam atendidas para se conseguir o equilíbrio morfológico e funcional do indivíduo, além da estabilidade dos resultados.
Naturalmente a necessidade da interdiciplinaridade é indispensável, uma vez que a má-oclusão causando todos os problemas citados anteriormente, não consegue ser tratada apenas com um profissional. Como exemplo: ao tratar apenas da postura (e das dores) com fisioterapeuta, acaba não tratando a boca, e assim perde-se todo efeito e tempo do tratamento. Ou, se apenas tratar a má-oclusão com o dentista, a fala e má postura ainda estarão lá. Por isso a integração dos profissionais atendendo a necessidade do paciente ao mesmo tempo. Resultados muito satisfatórios tem sido obtidos dessa forma.
O mais importante que sempre digo aos meus pacientes, todo tratamento tem seu tempo de cura e apenas com a continuidade e cooperação total do paciente, os resultados aparecem.
Seu tratamento para dor nas costas não está dando o resultado que esperava? Uma relação ruim na ATM ou seja um mal posicionamento dela, pode provocar grande desequilíbrio no corpo todo.
Já esta com dores crônicas? Cansado fazer exercícios, fisioterapia, tomar remédios e ainda ter dores?
Saiba que o problema pode estar na sua boca!
Sim meu querido amigo e amiga, existem muitas coisas entre sua boca e a coluna do que você imagina e não estou falando da sua alimentação.
No tópico anterior já disse muito como funciona a má oclusão ou disfunção temporo-mandibular, mas nesse vou explicar o porquê que seu tratamento pode não estar funcionando e o que fazer para melhorá-lo.
Mas por que pela boca?
Uma relação ruim na ATM (articulação temporo-mandibular em destaque na figura abaixo), ou seja um mal posicionamento dela, pode provocar grande desequilíbrio no corpo todo. A primeira mudança é a posição da cabeça e a partir dessa mudança é que todos os outros problemas acontecem.
O corpo ao tentar reequilibrar esse balanço da cabeça, começa a recrutar grupos musculares do pescoço, fazendo com que esses músculos fiquem em constante contração.
Naturalmente o restante da sua coluna também entra em contração a fim de compensar o desequilíbrio do pescoço e então começam os problemas, como em um efeito dominó. Sobrecarregando articulações do corpo todo.
Mas como isso não melhora nos tratamentos feitos?
Simples, o fator que leva a todas essas descompensações não é corrigido, que é o mal posicionamento da mandíbula sobre a ATM (ou má oclusão dentaria) .
Pense assim, é como se essa relação da mandíbula com a cabeça fosse a principal causa de todos os outros problemas, que seriam; bruxismo, dores de cabeça crônicas, dores nas costas, escolioses, problemas crônicos nas articulações, que por mais fisioterapia que você faça, eles teimam em voltar. Até lesões musculares constantes podem estar relacionadas a essa articulação da boca.
Quando falo da oclusão dentaria, o proposto aqui, não é o da ortodontia, que tem outro objetivo.
Através de testes específicos feitos pelo fisioterapeuta que tem expertise na técnica, é que identificamos qual dente o dentista vai trabalhar.
O trabalho é realizado em conjunto da fisioterapia com o dentista, mas não é feito uso de aparelhos, mas sim um dispositivo (feito pelo dentista) que ajuda no reposicionamento da mandíbula, e após uso por um determinado período (cerca de dois meses) para ter uma readaptação do corpo, o próprio dentista faz uma intervenção definitiva no dente (que foi identificado pelos testes da fisioterapia) a fim de corrigir o problema definitivamente.
O que acontece é que, muitos pensam que ao fazer essa correção, os problemas vão ser resolvidos. E é onde está o engano.
Quando se tem um desalinhamento da ATM, todo corpo “bagunça” junto, e aí a fisioterapia é importantíssima, pois a escoliose, os desvios posturais, dores nas costas, bruxismos, problemas articulares e etc… ainda estão presentes, e precisam ser tratados, afim de ter resultados significativos e duradouros.
Quer saber mais como funciona os tratamento ou já quer começar o seu?
Entre em contato, faça um chek-up clínico integrativo, e descubra se sua boca está te prejudicando.